CURIÓ REPETIDOR - Um fator genético herdado dos pais .

23/12/2011 15:21

 

A repetição é um fator genético pouco estudado, no entanto sabe-se da existência de alguns comportamentos de dominância tais como:
1. Dominância progressiva: Neste caso o curió vai aumentando a repetição à medida que o tempo passa.
2. Dominância Retardada: O Curió começa a repetir após o 3° ou 4° ano de vida.
3. Dominância Reprodutiva: O Curió só repete durante a corte ou após a cópula.
4. Dominância cronológica e ou geográfica: O Curió só repete em determinados locais ou em certas horas especificas tais como: Fim da tarde ou na alvorada.
Como se pode observar, para cada situação criamos uma expectativa de entendimento. O fato do curió ter sido criado com pássaros que não repete canto, não é suficientemente forte para alterar a dominância da sua genética. Se for geneticamente repetidor terminará por repetir. Isto é fato consumado.
Se os pássaros possuem (comprovadamente) genética para repetição, transmitirão este fator aos filhotes, no entanto podem não possuir dominância imediata para este fator e só começar a repetir após três ou quatro anos conforme falei. (Esta é a explicação mais acertada).
Entretanto deve-se ter certeza da origem dos mesmos para não perder tempo e dinheiro.
 
 Gilson-BA
 
 
 
FILHOTINHOS DE CURIÓ
Só os machos cantam. As fêmeas só gorjeiam. As fêmeas possuem penas marrom-claras e acastanhadas. Choca seus ovos por 12 dias até  os filhotes nascerem. O anilhamento dos filhotes deve ocorrer entre o 5º e o 8º dia de vida.
 
Após outros 12 dias, os filhotes começam a largar o ninho. Quando ainda bem jovem este é o período em que os filhotes de curiós estão prontos para "aprender" seu canto.
Chamamos de vetorização o primeiro contato do filhote com o canto da espécie. Embora não haja embasamento científico para teoria exagerada de alguns criadores que afirmam que o início do aprendizado se dá com o filhote ainda no ovo, é certo que está ligado aos seus primeiro dias de vida, quando está totalmente receptivo. Também é certo que há uma predisposição genética ao aprendizado do canto, já que criadores que se dedicam à seleção de um plantel voltado para execução perfeita de determinado dialeto obtêm sucesso maior do que os que praticam cruzamentos aleatórios, mantidos procedimentos semelhantes no manejo da vetorização e encarte do canto.
Na natureza, o filho aprende com o pai e irá ensinar seus filhos no futuro. Esse é o meio mais eficiente de vetorização do canto. Na criação em cativeiro a coisa se complica, principalmente pela indisponibilidade de galadores com canto perfeito.
Existem vários tipos de canto de curiós. Os mais conhecidos são o dos curiós Xodó, Ana Dias, Patrício, Tiradentes , Prelúdio e Estrela do Sul (Canto Florianópolis). Sem dúvida, todos campeões, mas os criadores têm uma grande preferência pelo canto "Praia Grande", do curió Ana Dias. Na região sul, especialmente Santa Catarina, a preferência é pelo canto Florianópolis (CD-Estrela do Sul – Sitio do Curió).
Se você vai iniciar seu filhotinho de curió na "carreira" de cantor, deve colocá-lo em uma gaiola isolada de qualquer ruído ou canto de pássaros. Próximo da gaiola, instale uma caixinha de som, com volume normal, ou seja, nem muito alto, nem muito baixo.O volume ideal é abaixo de um terço do volume total de equipamentos convencionais.
O filhote não pode ouvir o canto de outros pássaros, aí incluídos galadores com falhas no canto e fêmeas solteiras.
Na natureza um pássaro não canta em tempo integral. Essa condição é fundamental no manejo do encarte de cantos. Para reproduzi-la em nossos criatórios é importante a utilização de um temporizador (timer) que regulará automaticamente os períodos em que será veiculado o canto e os intervalos de silencio ou acionamento de outra fonte sonora. O uso de uma fonte sonora alternativa para preenchimento dos intervalos de canto é apoio importante ao isolamento acústico. O som de uma rádio FM é bastante adequado, alternando fala e música, acostuma o pássaro aos sons típicos do convívio humano e evita que ouça cantos indesejados, oriundos do meio externo.
São cada vez mais empregadas as cabines acústicas destinadas ao treinamento do canto de pássaros. A cabine permite o isolamento de galadores que não possuem bom canto, impedindo que influenciem negativamente a vetorização dos filhotes. Possibilita que se isole um filhote em treinamento dos sons indesejáveis, garantindo um melhor resultado na sua vetorização
O CD (ou cassete) escolhido deve ficar tocando o dia inteiro, observando um espaçamento de 20 a 30 minutos para reinicio do canto gravado.
Outro processo utilizado com bons resultados, é o processo por indução. Enquanto o filhote (que serve para adulto também) estiver dormindo  coloca-se o canto escolhido para ser ouvido.
Quando se tem mais de um curió, o ideal é colocar caixinhas de som próximo a cada gaiola.
Os pássaros possuem uma sensibilidade superior a nossa para a percepção dos sons do ambiente. Se estivermos rodando a instrução de canto em um aparelho de som, por melhor qualidade que apresente, e o canto de outro pássaro invadir o isolamento acústico, esse canto roubará a atenção do filhote.
Os primeiros três meses de vida do filhote compreendem o período em que estará mais receptivo à assimilação do dialeto do canto. Após esse período entram em muda (muda de ninho) e ficam até cerca de seis meses meio refratários ao canto. Após os seis meses passam para a fase de maturação sexual, ficam mais territorialistas e se dedicam ao desenvolvimento do canto que possuem vetorizado. Essa fase segue até a próxima muda. Passada a primeira muda de pardo, pouco poderá ser feito para corrigir um defeito de canto, embora não seja difícil estragá-lo no convívio com outros pássaros.
 
Existem atualmente, equipamentos de reprodução de cantos programáveis, com timer (toca, por exemplo, trinta minutos e pára quinze minutos).
 
 
 
Fonte: www.sitiodocurio.com.br