CÓPULA E PROSTRAÇÃO

23/12/2011 16:24

 

problemas relacionados à postura de ovos por parte de suas matrizes. Em 
última estância, enfrentarão situações de dúvida em relação à cronologia que 
envolve o período que vai desde a cópula até a postura. Via de regra este 
período varia provocando incertezas quanto ao momento da postura, quando 
devemos interferir e como fazer esta interferência. O criador de Curiós precisa 
a princípio adquirir conhecimentos mínimos do que está acontecendo no  
interior do sistema reprodutor enquanto observa externamente o 
comportamento e sintomas apresentados pela fêmea. O relacionamento entre o 
observado externamente (sintomas) com o interno oculto é fundamental para 
uma tomada de posição frente a uma retenção de ovo por parte da fêmea. 
Antes de descrever o método pelo qual o criador fará a intervenção, 
julgo indispensável à obtenção de um diagnóstico do problema com extrema 
precisão, para tanto, o criador em espacial os principiantes, precisam adquirir 
os conhecimentos necessários à produção do  “Diagnóstico  Diferencial” e 
comparativo com situações de normalidade.  
INDUÇÃO DA POSTURA  
MÉTODO DA IMPULSÃO EXTERNA 
Decorridas 24 horas da cópula ou 72 horas como limite máximo, cabenos observar se a fêmea apresenta tristeza acentuada, geralmente  
acompanhada de respiração ofegante, plumagem grossa (embolada), e se 
estiver  sobre o fundo da gaiola não reagindo a ser colhida com a mão, em 
caso afirmativo, trata-se  de  caso clássico de  Retenção de Ovo.  Este 
diagnóstico não falha. Os sintomas poderão ocorrer na postura do primeiro 
ovo, no entanto temos verificado o problema também na postura do segundo, 
(Caso da casca mole é mais freqüente no segundo ovo). Ocorre ainda na 
postura de um só ovo que pode ser mole, ou, duro avantajado. 
 Constatado o quadro descrito a cima colocamos imediatamente em 
prática o método da Impulsão Externa que consiste no seguinte. 1° Passo 
Colhemos a Curiôa cuidadosamente com a mão direita (devemo-nos acercar 
de todos os cuidados para que a enferma não se debata nem alce vôo de nossas 
mãos) colocamos  de costas  sobre a palma da nossa mão esquerda de forma 
que o dedo médio faça o apoio nas costas e com o dedo indicador e anular da 
mesma mão  prendam suas azas garantindo-nos uma boa contenção. (se não 
dispor desta habilidade manual solicite ajuda a terceiros). Ver fotografia 
Contenção-01. 
2° Passo 
Com a mão direita livre,  utilize as extremidades dos dedos indicador e anular 
para localizar o osso externo do peito “Quilha” e, deslocando-o em direção ao 
anus encontramos a cavidade abdominal logo abaixo das costelas, esta parte 
da ave é desprovida de ossos e suavemente deslocamos os dedos ligeiramente 
abertos sobre os intestinos buscando manter sempre a simetria do abdômen em 
relação a linha definida pelo osso externo, ai aplicamos nesta área leve pressão 
em direção ao orifício anal, podemos mediante a sensibilidade das 
extremidades do dedo localizar o ovo por apalpação e determinar quantos são 
e a condição de casca se mole ou dura. 
Efetuamos mediante a constatação por apalpação com as extremidades 
dos dedos movimentos lineares dotados de leve pressão que vão do osso 
externo até o local aonde se encontra alojado o ovo. Ao sentir o ovo sob os 
dedos saberemos o grau de dificuldade para expulsa-los, pois, se a casca for 
mole  a dificuldade esta na constrição dos músculos do oviduto que 
deformando-o  impedem-no de sair. Se a casca for dura a dificuldade será pela 
pressão  bi  polar  exercida pelos músculos constritores, logo que tenhamos 
conhecimento da situação quanto ao tipo de casca procederemos  de maneira 
diferenciada. 
3° Passo.  
Se o ovo possui casca mole (caso documentado com fotografias e anexadas) 
podemos efetuar uma pressão maior com as pontas dos dedos indicador e 
anular até encontrarmos a extremidade vértice do ovo, (procedendo desta 
forma não corremos o risco de exercermos pressão sobre o ovo  o que 
fatalmente o romperia) neste ponto efetuamos movimentos delicados de 
pressão que irão estimular, ou mesmo substituir as contrações e ajudar a 
impelir o ovo através do oviduto até o orifício anal. Como podemos verificar o processo é demorado, então precisamos intercalo-lo com instantes de descanso 
o que provoca  muitas das vezes uma retomada das contrações por parte da 
Curiôa e geralmente a postura ocorre durante o período de descanso. Caso 
contrário, retomaremos as pressões anteriormente descritas, intercalando-as 
com períodos de descanso até que se verifique o surgimento de um ponto 
branco (Fotografias Contração-01-02-03) que crescerá à medida que o método 
se desenvolve até o surgimento de boa parte da coroa do ovo, neste momento 
mediante o uso de uma seringa dotada de agulha grossa e sem ponta (agulha 
de uso bovino) efetuamos uma punção de todo o conteúdo do ovo e em 
seguida puxamos a sua casca membranosa e vazia com a ajuda de uma pinça 
finalizando desta forma todo o processo, a fêmea em dois dias estará 
totalmente recuperada,  no entanto é recomendável coloca-la por algumas 
horas em local aquecido para recuperar-se.    
Se o ovo possui casca dura o processo é o mesmo, devemos apenas 
tomar o cuidado de não efetuar pressão sobre o ovo e sim sobre a sua 
extremidade vértice em direção a sua saída, é necessário tranqüilidade e 
concentração durante todo o processo que deve ser intercalado por descanso 
até atingirmos o objetivo. A segurança do executor do método é fundamental,  
deve repousar no fato de ter adquirido todos os conhecimentos necessários à 
prática do mesmo, pois não há lugar para insegurança ou vacilo, iniciado o 
processo devemos ir até o fim. Em alguns casos a postura pode ocorrer logo 
após a massagem, para tanto o ovo deve deslocar-se até a cloaca. 
Acreditamos que a divulgação do método descrito não se constitui novidade 
entre os criadores de pássaros que já os praticam há décadas, no entanto o 
criador iniciante encontrará ao seu dispor as informações necessárias e 
capazes de salvar a vida de várias fêmeas em reprodução. Observar conjunto 
de fotografias anexadas. 
 
Autor Gilson Barbosa